Ashtanga Hridaya Sutrasthana

Ashtanga Hridaya é o terceiro grande tratado sobre Ayurveda. Foi escrito por Vagbhata por volta do século VII (500 dC). É predominantemente baseado nos ensinamentos de Charaka e Susruta Samhitas, embora também dê suas próprias opiniões sobre diferentes tópicos. Ele contém informações sobre as duas escolas de ayurveda, a escola de cirurgia e a escola de médicos.

Ashtanga Hridaya Samhita é escrito em sânscrito na forma de versos poéticos simples e fáceis de entender. Ele contém as principais características dos textos escritos por Charaka e Sushruta, bem como a essência de Ashtanga Samgraha. O livro contém cerca de 7120 versos poéticos. Principalmente focado no kayachikitsa, Ashtanga Hridaya também discute em detalhes sobre vários tratamentos cirúrgicos. Os subtipos de kapha são primeiramente listados e descritos neste samhita, com uma explicação exaustiva de vata, pitta e kapha, juntamente com seus cinco subtipos.

Este texto é considerado uma forma combinada das escolas Atreya e Dhanwanthari. Muitos dos medicamentos ayurvédicos são preparados através dos métodos descritos em Ashtanga Hridaya.

Ashtanga Hridya Samhita é dividido em sutra, nidana, sharira, chikitsa, kalpa e uttara sthana, e também foi escrito por Vagbhata. Ele contém 120 capítulos e o autor cita Charaka, Susruta Bhela, Nimi, Kasyapa, Dhanvantari e outros autores anteriores e suas obras; a principal fonte, no entanto, é Ashtanga Samgraha. É uma descrição completa, porém concisa, da medicina ayurvédica.

Astanga Hridaya parece enfatizar o aspecto fisiológico do corpo, e não os aspectos espirituais, como seus colegas - Charaka e Susruta Samhitas. Apesar disso, a qualidade e o alcance de suas discussões sobre o ayurveda fazem dele um trabalho a ser considerado.

Ashtanga Hridaya Samhita é um texto sistematizado de doenças humanas e é um terceiro grande tratado em Ayurveda. Astanga Hridaya se concentra mais no aspecto fisiológico do corpo do que nos aspectos espirituais dele.

Ashtanga Samgraha e Ashtanga Hridya, particularmente o último, indicam avanço no conhecimento sobre os dois samhitas de Charaka e Susruta. Isso é particularmente notável nos novos medicamentos e em alguns dos novos procedimentos cirúrgicos que foram introduzidos.

Ashtanga Hridaya (Ashta = 8; Anga = órgão) lida com os 8 angas ou órgãos do corpo. nomeadamente:

Kaya chikitsa (trata o corpo)

Baala chikitsa (pediatria)

Griha chikitsa (psiquiatria)

Urdhvanga chikitsa ou shalakya tantra (olho, ouvido, nariz e partes acima do pescoço)

Salya tantra (cirurgia)

Damsthra chikitsa (toxicologia como tratamento de veneno de cobra)

Jara chikitsa ou rasayana chikitsa (terapia de rejuvenescimento)

Vrishya chikitsa ou vajeekarana chikitsa (terapia afrodisíaca)

Em Kerala (sul da Índia), Ashtanga vaidyas são altamente respeitados e acreditados. Ashta Vaidyas eram praticantes ayurvédicos bem versados ​​em todos os oito ramos diferentes do tratamento ayurvédico. Kerala agora é conhecida por seus centros ayurvédicos, principalmente por causa dos Ashta Vaidyas.

Vāgbhata (वाग्भट) é um dos escritores clássicos mais influentes do ayurveda. Várias obras estão associadas ao seu nome como autor, principalmente o Ashtāṅgasaṅgraha (अष्टाङ्गसंग्रह) e o Ashtāngahridayasaṃhitā (अष्टाङ्गहृदयसंहिता). A melhor pesquisa atual, no entanto, argumenta em detalhes que esses dois trabalhos não podem ser o produto de um único autor. De fato, toda a questão da relação dessas duas obras e sua autoria é muito difícil e ainda está longe de ser resolvida. Ambas as obras fazem referência frequente às obras clássicas anteriores. Ele era um védico, como é demonstrado por seus louvores explícitos ao Shiva pelo nome no início do Ashtāngasangraha, e seu louvor ao Shiva sob o título "Professor sem precedentes" no verso de abertura do Ashtānga hridayasamhitā. Seu trabalho contém elementos sincréticos.